Com o tema “Sou digital, mas minha inteligência não é artificial”, a 6ª edição do Concurso Cultural Jovem Jornalista (CCJJ) 2024 destacou o protagonismo juvenil dos estudantes baianos ao propor uma reflexão sobre o papel da tecnologia no cotidiano, sem perder de vista o olhar humano. Entre os premiados estão João Gabriel Santos de Oliveira, do Centro Territorial de Educação Profissional (CETEP) do Baixo Sul, no município de Gandu, que conquistou o 1º lugar na categoria Artigo de Opinião, e Deane Souza Mendes, do Colégio Estadual do Campo Filinto Justiniano, de Seabra, que alcançou o 2º lugar na mesma categoria.

 

Dividido em três categorias — Tirinhas (Ensino Fundamental I), Videorreportagem (Ensino Fundamental II) e Artigo de Opinião (Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos - EJA) —, o concurso premiou trabalhos que se destacaram pela qualidade técnica, originalidade e criatividade. Os vencedores de cada categoria (primeiro, segundo e terceiro lugares) subiram ao palco acompanhados de seus familiares e professores orientadores. As produções foram selecionadas pela capacidade de abordar a temática proposta de forma acessível e criativa.

 

Para João Gabriel, escrever é um ato libertador. “A escrita é como um momento só meu e da caneta, onde as palavras chovem, e eu decido quais irão me molhar. Sinto-me livre de toda a culpa que o mundo impõe, de tudo que ele nos traz e coloca como fardo. Talvez esse prêmio dure 50 ou 60 anos, mas o que realmente importa é o conhecimento que ficou guardado dentro de mim”, afirmou o estudante, que teve seu artigo orientado pela professora Emanuele Peruzzo.

 

Já Deane Mendes destacou o impacto do concurso em sua trajetória. “A participação me desafiou a sair da zona de conforto”, afirmou. “Nunca havia escrito um texto para defender um ponto de vista, muito menos um artigo de opinião. Decidi basear meu texto em um diálogo entre minha criança interior, que me encorajava a arriscar, e minha versão atual. A escrita sempre foi meu refúgio. Quando soube que fui a única representante da Chapada Diamantina, a sensação foi incrível.”

 

O professor orientador Reginaldo Araújo ressaltou que a conquista de Deane é fruto de sua dedicação. “A força de expressão e a argumentação de Deane, especialmente na escrita, demonstram que o ensino no colégio vem traçando caminhos promissores. Seu texto evidencia uma percepção apurada e uma visão crítica refinada”, avaliou.

 

A cerimônia de premiação, realizada no dia 12 de novembro, contou com uma mesa de honra composta pela diretora de veículos impressos do Grupo A TARDE, Mariana Carneiro; pelo assessor especial da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, Manoel Calazans; pelo representante do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE), Emerson de Oliveira de Araújo; pelo representante da Escola SESI, Marcelo Luís Aleluia de Santana; e pelo diretor do Instituto Anísio Teixeira, Iuri Rubim.